Morada.

Brevidade. Sempre achei essa palavra engraçada, não sem porque sempre me remetia a doce, daqueles doces de festa de criança. Imaginava “brevidade” como um doce muito colorido, de sabor inegualável, e pesquisando no google, realmente vi que havia um doce com tal nome, não colorido como eu pensava, mas existia.

Ao experimentar a palavra brevidade em si, no contexto da minha vida, não gostei muito do que experimentei, e logo a ideia de doce, sonho de criança veio a se transformar em completa utopia em minha mente.

A facilidade com que as pessoas esquecem as coisas, outras pessoas, acontecimentos, o modo como uma amizade de anos chega ao fim de repente, pessoas que pareciam se importar e de repente não sentem sua falta mais, tudo isso me assustou. E para mim, brevidade passou a significar todas essas ações em uma palavra só. E era exatamente isso que constava no dicionário.

Mas como evitar que as coisas fossem tão breves, tão superficiais? Isso também aprendi, na mesma época em que descobri o dito no parágrafo anterior. Com ajudas de pessoas muito especias que conheci nesse ano de 2010, pessoas que muitas vezes eu não convivia diariamente mas me tratavam com tanta atenção que parecia que nos conheciamos de outras vidas, aprendi a me importar mais com quem está ao meu redor, valorizar e aprender com todas essas pessoas.

E foi ai então que eu aprendi o significado de outra palavra: morada. ♥